"O ser humano é uma obra prima que não se repete."

domingo, 15 de junho de 2014

TESTES DA COLUNA VERTEBRAL CERVICAL

TESTE PARA A ARTÉRIA VERTEBRAL

Posição: O paciente fica em decúbito dorsal, e o examinador se posiciona sentado com ambas as mãos sustentando a cabeça do paciente.

Ação: Girar lentamente a cabeça do paciente, e flexionar no sentido lateral a coluna vertebral cervical para cada lado. Observar então se o paciente apresenta vertigem, borramento visual, nistagmo, fala enrolada ou perda da consciência. Cada posição deve ser mantida por 30 segundos.

Achados positivos: Vertigem, borramento visual, nistagmo, fala enrolada ou perda da consciência são indicativos de obstrução parcial ou completa da artéria vertebral.

Considerações/Comentários especiais: Os sinais e sintomas anteriormente mencionados devem ser considerados contra-indicações para tratamentos tais como tração ou mobilização articular na região cervical.




TESTE DE COMPRESSÃO NERVOSA (SPURLING)

Posição de teste: Com o paciente sentado confortavelmente, o examinador apóia as palmas das mãos no alto da cabeça do paciente.

Ação: O examinador aplica pressão para baixo enquanto o paciente flexiona lateralmente a cabeça. O teste é repetido com o paciente flexionando a cabeça para o lado oposto. A flexão lateral pode ser realizada tanto ativamente como passivamente.

Achados positivos: Durante a compressão, um relato de dor no membro superior do mesmo lado que o da flexão da cabeça é positivo. Isto indica a pressão sobre uma raiz nervosa, que pode estar relacionada com a distribuição dermatomal da dor.

Considerações/Comentários especiais: Devem ser tomadas precauções (e possivelmente proibição) quanto à área de compressão vertebral em pacientes que têm diagnóstico de osteoartrite, artrite reumatóide, osteoporose e estenose cervical. Antes de aplicar este teste em especial, o examinador deve realizar o teste da artéria vertebral.




TESTE DE TRAÇÃO

Posição de teste: Com o paciente sentado, o examinador coloca uma das mãos sob o queixo e a outra na nuca do paciente.

Ação: O examinador traciona lentamente a cabeça do paciente para cima enquanto o paciente se mantém relaxado.

Achados positivos: O achado é positivo quando existe relato de diminuição ou desaparecimento da dor durante a tração. Isto indica possível existência de compressão de raiz nervosa quando o paciente mantém a postura e/ou posicionamento habitual.

Considerações/Comentários especiais: A tração da região cervical para avaliação de compressão de raiz nervosa não deve ser realizado se o paciente apresenta instabilidade vertebral. Qualquer aumento da dor pode indicar lesão muscular e/ou ligamentar. O examinador deve realizar o teste da artéria vertebral antes de aplicar este teste em especial.




MANOBRA DA VALSALVA

Posição de teste: O paciente deve estar sentado. O examinador fica de pé próximo ao paciente.

Ação: O examinador pede ao paciente que inspire profundamente e sustente o fôlego enquanto faz força como para ativar o intestino.

Achados positivos: Aumento da dor pelo aumento da pressão intratectal, que pode ser secundária a uma lesão por diminuição de espaço, hérnia de disco, tumor, osteófito no canal vertebral cervical é um achado positivo. A dor pode estar localizada ou referida para o dermátomo correspondente.

Considerações/Comentários especiais: A pressão aumentada pode alterar a função circulatória e causar vertigem ou inconsciência. O examinador deve estar alerta para amparar o paciente.




TESTE DE DEGLUTIÇÃO:

Posição de teste: O paciente deve estar sentado. O examinador de pé próximo ao paciente.

Ação: O examinador pede ao paciente que engula.

Achados positivos: Aumento da dor ou dificuldade para engolir (disfagia) causada por obstrução cervical anterior, tal como subluxação, protrusão de osteófitos, edema de tecidos moles ou tumores na região cervical anterior, é positivo.

Considerações/Comentários especiais: Certifique-se de que a cabeça do paciente esteja em posição neutra, uma vez que a deglutição é mais difícil com o pescoço estendido.




SINAL DE TINEL

Posição de teste: O paciente pode ficar sentado ou em decúbito dorsal.

Ação: O examinador palpa delicadamente a região próxima ao ponto de Erb. O ponto de Erb localiza-se anteriormente ao processo transverso de C6, aproximadamente 2 centímetros acima da clavícula.

Achados positivos: Um relato subjetivo de alteração sensorial percebida no membro superior homolateral que resulta em aumento da dor ou ausência/diminuição da sensibilidade é considerado positivo, indicando patologia do plexo braquial.


Considerações/Comentários especiais: Esta região é considerada aquela em que o plexo braquial está mais superficial. Um achado positivo deve ser associado a uma avaliação cervical completa prévia para qualquer patologia do plexo braquial.